terça-feira, fevereiro 27, 2007

Pescador caxineiro encontrado morto em porto marítimo do Pais Basco

" O corpo de um pescador português de 44 anos foi encontrado, ontem pelas 8h, a boiar nas águas do porto de Pasajes, no País Basco, em Espanha, onde na noite anterior tinha atracado o barco em que trabalhava para descarregar peixe. Até ao momento ainda não estão apuradas as causas e as circunstâncias da morte.

A polícia espanhola identificou a vítima como sendo Vicente José Nunes Fangueiro, residente em Caxinas, Vila do Conde. O pescador estava em Espanha há oito anos e era um dos tripulantes do barco ‘L’Espoir’, com bandeira francesa mas com base na Corunha, Galiza.

A notícia da morte deixou em estado de choque a família de Vicente Fangueiro, que apenas sabe que o pescador “caiu ao mar”. Ao quefoi apurado, na noite em que terá morrido, horas antes, Vicente Fangueiro tinha falado com a mulher ao telefone, não relatando qualquer problema.

“A minha irmã está destroçada e neste momento a dormir com a ajuda de sedativos. Fomos todos apanhados de surpresa”, disse a cunhada, Graça Maio. Ao saber da notícia da morte do marido, Alice Maio sentiu-se mal. Foi transportada ao Hospital de Vila do Conde, regressando a casa poucas horas depois.

Vicente José Nunes Fangueiro era pescador desde os 13 anos e há oito anos emigrou para Espanha à “procura de um salário melhor”. Deixa órfãos uma filha de 20 anos e um menino de 13.

“Ainda na semana passada cá esteve e andava feliz, sem qualquer problema”, relatou a cunhada que afiança também que “não se lhe conheciam problemas de saúde”.

A polícia confirmou que está a proceder a investigações para precisar as causas da morte do pescador – o corpo foi autopsiado ontem no IML de San Sebastian. A tripulação foi também interrogada pela Polícia Judicial. As autoridades adiantaram que a vítima tinha saído na noite de domingo com outros membros da tripulação, neste porto espanhol, junto à fronteira com França, não voltando a embarcar.

A tripulação do ‘L’Espoir’ era composta pelo capitão, de nacionalidade francesa, e oito marinheiros, sete portugueses e um espanhol.

Vicente José Nunes Fangueiro, de 44 anos, natural de Caxinas, em Vila do Conde, cedo começou nas lides do mar. Aos 13 anos já ia à faina em pequenas embarcações. Nunca conheceu outra vida e há cerca de oito anos decidiu rumar a Espanha à procura de melhores rendimentos. Deixa dois filhos órfãos, uma jovem de 20 anos e um rapaz com 13.

Caxinas é a maior comunidade piscatória do País, com cerca de 3 mil pescadores e 288 barcos registados, nas capitanias de Vila do Conde e da Póvoa do Varzim, sendo 113 de pesca local (artesanal) e 155 de pesca costeira. As espécies mais pescadas são a sardinha, carapau, faneca e polvo. No entanto, ao contrário dos revendedores de pescado, os pescadores, além da vida dura da faina, vivem com dificuldades, agravadas pelo aumento dos combustíveis, dos encargos e a diminuição do volume das capturas."

Fonte: Correio da Manhã -27-2-007



"Mais uma vez o bairro das Caxinas, em Vila do Conde, se vestiu de luto com a morte de um dos seus pescadores, desta feita em águas do País Basco.

O marinheiro, tripulante de uma embarcação com bandeira francesa mas com base na Corunha (Espanha), morreu, anteontem à noite, em condições ainda não totalmente apuradas, depois de uma noite de descontracção no porto de Pasajes (próximo de Renteria), no regresso de alguns dias no mar. Vicente José Nunes Fangueiro, de 44 anos, era das Caxinas. Casado, com duas filhas, o pescador já há muito tempo que tinha emigrado, segundo disse ao JN um seu familiar, residente naquela localidade piscatória de Vila do Conde.

Segundo informação das autoridades portuárias de Pasajes, o pescador estava embarcado no "L'Éspoir". Vicente Fangueiro trabalhava na embarcação com mais oito companheiros, sendo sete portugueses e um espanhol. O barco havia aportado em Pasajes após alguns dias de lide no mar, para descarregar o pescado.

Segundo as informações prestadas às autoridades pelos marinheiros, no domingo à noite a tripulação resolveu desembarcar naquele porto, onde vinha com muita frequência para deixar o produto da pesca, e decidiram ir todos espairecer em bares daquela localidade. Contudo, segundo alegaram os pescadores às autoridades, Vicente Fangueiro não regressou com eles à embarcação.

Ontem de manhã, os homens deram conta de que o companheiro não havia regressado ao barco, já que ele não se encontrava no camarote. Cerca das 8 horas, o corpo de um homem foi avistado a boiar junto ao molhe do porto.

Alertada a Guarda Civil e a Cruz Vemelha locais, o corpo foi de imediato retirado das águas e transportado para terra. Ali, os companheiros identificaram o cadáver como sendo o de Vicente Fangueiro. O corpo foi, então, trasladado para o Instituto de Medicina Legal de San Sebastian.

Fonte da Secretaria de Estados das Comunidades confirmou ao JN a morte do pescador e referiu que o Consulado de Portugal em Bilbau, no País Basco, já havia contactado os familiares. Segundo apurámos, familiares do pescador rumaram, de imediato, àquela cidade, onde irão receber o apoio das autoridades consulares no sentido da trasladação do corpo para Portugal.

Entretanto, as investigações para apurar o que terá sucedido na realidade com Vicente Fangueiro irão continuar nos próximos dias. Não se sabe se o pescador terá caído inadvertidamente ao mar quando regressava do passeio nocturno pelos bares de Pasajes, ou se terá sido vítima de crime. Para tanto, conforme assinalaram as autoridades locais, serão fundamentais os resultados da autópsia e das investigações que estão a ser feitas naquele porto basco.

Nas Caxinas, a notícia foi recebida com muita consternação, como disse ao JN um dos familiares de Vicente Fangueiro. Segundo apurámos, o pescador era figura muito conhecida e querida naquela localidade, onde outros familiares seus também se dedicam à pesca. Ali, muitos populares lamentavam, ontem, as tragédias que, a cada passo, sobressaltam as famílias da região."

Fonte: Jornal de Notícias -27-2-007

Comments:
lamento a perda, antónio :(
 
Pois, o nosso amigo Vicente apareceu a boiar e até hoje nada se sabe da sua morte ,uma incognita ,más nós pescadores já estamos abituados a essas faltas de informações portanto é só na ocasião ,depois esquecem tudo ,até que volte acontecer outra infelicidade ,e aparecer alguém a se mostrar e depois esquecer outra vês?Meus amigos os pescadores tém que se valer uns aos outros e ajudarem-se mutuamente porque de résto quando as coisas aconteçém não falta quem apareça a propagandear más é só fogo de vista ,chego a conclusão que só temos um que é sencivel aos nossos problemas ,de résto nunca fiar ! ..Páz a tua alma Vicente e a todos que morreram nas aguas do mar ...J Pontes...
 
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